Manoel de Araújo Porto Alegre (São José do Rio Pardo, RS, 1806 - Lisboa, Portugal,
1879). Pintor, caricaturista, arquiteto, crítico e historiador de arte, professor, escritor. Em 1816 muda-se para Porto Alegre, onde inicia seus estudos de pintura e desenho com o pintor francês François Thér e com os cenógrafos Manoel José Gentil e João de Deus. Em 1827, no Rio de Janeiro, matricula-se na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, e tem aulas com Debret (1768 - 1848) e Grandjean de Montigny (1823 - 1887). Em 1831 acompanha Debret em seu retorno a Europa. Em Paris, freqüenta o ateliê do Barão Jean-Antoine Gros (1771 - 1835) e a École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes]. Viaja para a Itália e em Roma estuda com o arqueólogo Antonio Nibby (1792 - 1839). Em 1835 viaja para a Inglaterra e Bélgica com o poeta Gonçalves de Magalhães (1811 - 1882), com quem funda a revista Niterói em 1836, um dos marcos iniciais do movimento romântico na literatura brasileira. No ano de 1837 realiza as primeiras caricaturas feitas no país e assume a cadeira de pintura histórica na Aiba, que ocupa até 1848. Nesse ano pede transferência para a Escola Militar, trabalhando como professor de desenho. Em 1840 é nomeado pintor da Câmara Imperial, sendo responsável pelos trabalhos de decoração para a coroação do imperador dom Pedro II (1825 - 1891) e para o seu casamento com D. Teresa Cristina (1822 - 1889). Executa ainda diversos projetos arquitetônicos no Rio de Janeiro, dos quais destacam-se as obras realizadas no Paço Imperial, o plano arquitetônico da antiga sede do Banco do Brasil, da Escola de Medicina e do prédio da Alfândega. Funda e dirige os periódicos Minerva Brasiliense (1843), Lanterna Mágica (1844), primeira revista ilustrada com caricaturas, e Guanabara (1849). Considerado o fundador da história e da crítica de arte brasileira, escreve diversos artigos, como Memória sobre a Antiga Escola Fluminense, publicado no ano de 1841. Entre as obras literárias de sua autoria destacam-se os livros de poesia, As Brasilianas (1863), e Colombo (1866). Como diretor da Aiba, entre 1854 e 1857, promove a ampliação da área construída da instituição anexando o Conservatório de Música e a Pinacoteca estabelecendo uma série de reformas no currículo e nos métodos de ensino da academia. Em 1860 inicia carreira diplomática no exterior e, no ano de 1874, o imperador D. Pedro II confere-lhe o título de Barão de Santo Ângelo. | Fonte de pesquisa: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18773/manuel-de-araujo-porto-alegre | Fonte da imagem: https://www.academia.org.br/academicos/araujo-porto-alegre/biografia | Acesso em: 26 jan. 2022.