Escultor. Pelotas, RS, 1905 - Pelotas, RS, 1981. É conhecido no Rio Grande do Sul como autor dos grandes monumentos cívicos e alegorias históricas. Sua carreira inicia-se em 1915 na sua cidade natal. Em 1918 passa a residir em Porto Alegre onde participa de salões. Em 1923 cursa Química Industrial na Escola de Engenharia da UFRGS. Em 1928 embarca para a Alemanha onde cursa a Academia de Belas Artes de Munique. Em Berlim foi aluno dos escultores Herman Hahn, Hans Stangl e Arno Brecker. Em 1933 recebe o Grande Prêmio de Escultura da Sociedade Felippe de Oveira, no Rio de Janeiro. Entre 1936 e 1940 recebe premiações em Munique, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em 1935 inaugura o Monumento Eqüestre ao General Bento Gonçalves, durante as comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha em Porto Alegre. Ainda na década de 30 fez viagens de estudos à França, Itália, Grécia, Suécia, Dinamarca, Turquia, Argentina e Uruguai. Em 1944 foi editado livro sobre sua obra pela Sociedade Felipe d’Oliveira, registrando seus trabalhos produzidos entre 1934 e 1944. É de sua autoria O Laçador, escultura em bronze situada à entrada de Porto Alegre e que é o logotipo da cidade, serviu-lhe de modelo o folclorista Paixão Cortes. Nesta mesma cidade, Antônio Caringi responde pela autoria do Monumento ao Expedicionário no Parque Farroupilha. A figura do gaúcho (cavaleiro ou sentinela), trabalhadores, maternidade, lendas, e outros temas clássicos são dominantes na obra do artista. Em 1997 a Caixa Econômica Federal através do projeto CEF Resgatando a Memória, dedica-lhe retrospecto parcial com curadoria de Marisa Veeck e texto de Paulo Gomes que observa: “Quanto a sua situação num contexto universal, Caringi está ligado à escultura alemã dos anos 30, país onde estudou e produziu inúmeras obras”. Fonte: Dicionário de artes plásticas no Rio Grande do Sul / Renato Rosa e Decio Presser. - Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1997.